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sexta-feira, julho 01, 2005

 
São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2005

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VIOLÊNCIA

Estudante de Ribeirão sofreu traumatismo craniano

Aluno é agredido na porta de escola ao se negar a dar R$ 10 a colegas

KATIUCIA MAGALHÃES
DA FOLHA RIBEIRÃO

Um estudante de 17 anos, epiléptico e hipertenso, foi espancado na manhã de terça-feira por pelo menos cinco jovens na porta da Escola Estadual Professora Eugênia Vilhena de Moraes, na Vila Virgínia, periferia de Ribeirão Preto (SP), por ter se recusado a dar R$ 10 aos agressores. Dois deles, reconhecidos pela vítima, estudam no mesmo colégio.
O estudante, que cursa o primeiro ano do ensino médio, teve traumatismo craniano e ficou internado até ontem. De acordo com a mãe do adolescente, N.C., 44, o filho foi abordado pelos dois colegas quando saía da escola, por volta das 9h30.
Segundo a mãe, após dizer que não tinha dinheiro, ele levou socos e pontapés. Ainda de acordo com ela, seu filho, mesmo ferido, caminhou até a esquina e novamente foi agredido, agora por três jovens desconhecidos, que também jogaram terra e suco nele.
"Ele chegou todo machucado, chorando e reclamando de fortes dores na cabeça", disse ela, que pretende tirar o filho da escola. "Lá não tem segurança. O porteiro é uma cozinheira do colégio."
De acordo com o delegado Sérgio Salvador Siqueira, a polícia não havia, até ontem à tarde, identificado os agressores. "A vítima ainda não tem condições de prestar depoimento", disse.
A Diretoria Regional de Ensino divulgou nota dizendo que os funcionários prestaram socorro ao jovem e que o Estado manterá contato com a família para prestar apoio. O órgão negou ter responsabilidade sobre o caso justificando que a agressão ocorreu fora da escola.
O espancamento é o quarto caso de violência escolar registrado neste ano em Ribeirão. Na semana passada, o Ministério Público abriu inquérito para apurar dois casos de abuso sexual e agressões físicas contra crianças e adolescentes que teriam ocorrido em escolas estaduais e municipais.
A ação foi proposta pelo Conselho Tutelar, que entrevistou famílias e acompanhou os laudos médicos que confirmaram os estupros de um menino de seis anos e uma estudante de 11 anos.


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